O meu pastor alemão perde pelo!

A queda de pelo no cão, faz parte de um processo fisiológico, em que o cão vai renovando o seu pelo continuamente. No entanto, existem duas alturas do ano em que essa queda é mais intensa, a Primavera e o Outono.

Eis algumas dicas que poderá adoptar para manter o seu cão com uma condição de pelo excelente.

Alimentação

Deverá dar ao seu cão uma ração seca, rica em nutrientes, com óleos omega3, EPA (Ácido Eicosapentaenoico), DHA (Ácido Docosaexaenoico), habitualmente encontrados no peixe, marisco e algas; Vitamina E e Biotina, também conhecida como Vitamina B7, que funciona como uma coenzima no metabolismo dos carbohidratos, atuando na formação do pelo e da pele.

Hidratação

Deverá disponibilizar ao seu cão água fresca, a qualquer hora. Manter o seu cão hidratado é fundamental para uma boa condição do pelo.

Escovar 

Deverá escovar o seu cão com frequência, duas vezes por semana, pelo menos, utilizando, no caso do pastor alemão, as 3 escovas recomendadas; escova ancinho, escova cardadeira e escova de borracha.

Desparasitantes

Deverá manter o seu cão devidamente desparasitado, especialmente contra os parasitas externos, tais como caraças e pulgas, que podem provocar lesões na pele e no pelo. 

Se já segue estas dicas e quiser melhorar ainda mais o pelo do seu cão, poderá suplementar, dando-lhe óleo de salmão, biotina e algas, produtos estes disponíveis em qualquer loja de especialidade.

Para quedas de pelo anormais, deverá sempre consultar o seu médico veterinário.

Trazer um cachorro para casa antes dos 2 meses

O seu cão ladra com frequência sem razão aparente?

O seu cachorro tem muita dificuldade em relacionar-se com os outros amiguinhos no parque?

O seu cão foge quando ouve um barulho mais intenso?

O seu cão faz xixi no sofá onde se costuma sentar, quando não está em casa?

Estas e outras questões poderão ter na sua origem uma separação precoce entre o cachorro e a sua mãe.

Os cachorros retirados precocemente da mãe, fazem com que certos ensinamentos não lhes sejam transmitidos,  deixando-os sem alguns conhecimentos fundamentais do seu mundo animal, podendo mais tarde vir a apresentar comportamentos indesejados.

Retirar o cachorro da mãe antes do tempo, é gerar, no futuro, dificuldades de comunicação com outros animais da sua espécie e falta de compreensão sobre o que é a hierarquia em matilha, que lhe criará dificuldades mais tarde quando estiver na sua família humana.

A separação de um cachorro da mãe leva à análise de duas fases importantes: a amamentação e o inprinting.

Amamentação

A amamentação com leite materno é fundamental para o desenvolvimento do cachorro, uma vez que o leite contém colostro, substância fundamental, para a sua imunidade em infeções futuras.

A alimentação torna-se importante na fase do desmame do leite materno para a ração seca. O timing dessa transição depende de muitos fatores e poderá variar de criador para criador, sendo que, quando o cachorro é entregue ao seu futuro dono, já deverá estar familiarizado com este tipo de alimento.

Imprinting*

O imprinting é a fase que ocorre nos primeiros meses de vida do cachorro, em que ele aprende  as características específicas da sua espécie, e em como agir e comunicar. No fundo, é quando o cachorro aprende a ser cão. É a mãe que gera no cachorro o primeiro imprinting, que normalmente se situa entre as duas e as 7 semanas

Ao imprinting dado pela mãe, segue-se o imprinting dado pelo criador. É esta a primeira figura humana que os cachorros normalmente conhecem, e cabe ao criador, a  sua primeira socialização e introdução num ambiente fora da maternidade. 

O criador responsável terá um papel fundamental, no despertar dos instintos primários do cachorro (caça e presa), na sua convivência em matilha e na sua primeira introdução ao mundo exterior. 

A intervenção do criador deverá situar-se entre o fim do imprinting materno, e a entrega do cachorro ao seu novo dono. Ao imprinting do criador segue-se um terceiro imprinting, já na casa do seu novo dono, onde o cachorro será socializado com a sua nova família, apresentado aos ruídos do quotidiano e introduzido no seu novo ambiente. 

Portanto, entregar um cachorro antes dos 2 meses de idade, é uma irresponsabilidade, que poderá comprometer a relação do cachorro ao longo de toda a sua vida.

*Imprinting -  O processo rápido de aprendizagem que acontece no início de vida de um animal e que estabelece o seu padrão comportamental. O conceito de imprinting foi lançado pela primeira vez, pelo naturalista Austríaco Konrad Lorenz, prémio Nobel da medicina em 1973.

Serão os cães transmissores do coronavírus (covid-19)?

Park di Val Calore (fotografia Pastor do Sul)

Não há qualquer evidência de que os cães possam ser infetados com o coronavírus e, por isso, serem transmissores aos seres humanos.

Segundo a AVMA (American Veterinarian Medical Association), apenas dois cães testaram positivo ao covid-19 até à data.

O mundo caminha vertiginosamente para os dois milhões de infetados e apenas se conhecem dois cães infetados, pelo que o risco de contágio aos humanos é praticamente nulo.

Um dos casos que se conhece, um lulu-da-pomerânia, em Hong Kong, foi testado (positivo fraco) e portanto o seu baixo nível de contaminação não é suscetível de transmitir o coronavírus ao ser humano.

Por outro lado, uma equipa dirigida pelo virologista Bu Zhigao, testou 5 cães jovens, o que permitiu concluir que não há risco de poderem ser infetados pelo coronavírus.

De qualquer maneira a OMS (Organização Mundial de Saúde), recomenda a desinfeção das mãos após o contacto com os animais de estimação, como medida de precaução.

Para mais informações veja o vídeo abaixo.

O meu cão adora comer relva

Comer relva é um comportamento mais normal do que se possa pensar. É habitual os cães comerem relva e não se sabe bem a razão porque o fazem.

Há quem diga que tal comportamento vem dos seu antepassados, que caçavam e comiam animais, cuja alimentação era à base de plantas e ervas, que existindo nos seus intestinos, acabavam por entrar na sua dieta.

Slash Aus der Brunnenstrasse

Há quem diga que o fazem para se purgarem, pois vomitando logo de seguida à ingestão, libertam algumas toxinas e substâncias nocivas.

Há quem diga que tal facto resulta da falta de fibra na sua dieta, levando o cão a compensar com ingestão de relva.

E finalmente há quem diga que o fazem simplesmente porque gostam.

Importante mesmo é não ficar preocupado com o caso e encarar este comportamento como normal.

No entanto, se esse comportamento se tornar exagerado, causando distúrbios intestinais, deverá consultar o seu veterinário.

Ups! O meu cão comeu chocolate

O chocolate contém Teobromina, um ingrediente que os cães não conseguem metabolizar. Assim sendo, a sua acumulação no organismo torna-se tóxica.

A dose letal situa-se entre 250-500mg/Kg, dependendo do peso corporal que o cão possui. O chocolate negro é o mais tóxico, derivado ao seu alto teor de Teobromina. 

Os sintomas podem começar entre 6 a 12 horas após a ingestão e traduzem-se em: tremores musculares, respiração ofegante, diarreia e febre.

Não existe antídoto para a intoxicação por chocolate, pelo que deverá consultar imediatamente o seu veterinário, sendo importante, fornecer-lhe todos os dados que conseguir, especialmente: a quantidade ingerida, a hora de ingestão e a qualidade do chocolate (levar a embalagem se possível).

O ideal é mesmo não deixar o chocolate ao alcance do seu patudo.

Devemos dar leite aos nossos cães?

Hoje abordamos a temática do leite dado aos nossos cães. A pergunta clássica "Podem os nossos cães beber leite?" A resposta comporta a análise de algumas variáveis sem as quais não podemos dar uma resposta definitiva.

Quando falamos em leite estamos por regra a considerar a hipótese do leite de vaca, na sua versão de consumo humano, tal e qual é vendido nos supermercados. O sabor deste leite é muito apreciado pelos cachorros, é uma fonte de cálcio, proteínas, vitaminas e fósforo, mas encerra em si um possível problema para o cachorro - a dificuldade em processar a lactose ou mesmo a sua intolerância. O cachorro necessita no seu intestino a presença de uma enzima para processar este açúcar, e à medida que o cachorro vai crescendo vai perdendo a capacidade deste processamento, o que poderá provocar diarreia e desidratação. No entanto há cães que não apresentam qualquer problema com a lactose e claro que estes podem beber leite, fazendo este até parte de algumas dietas de alimentação natural. Também há que ter cuidado com alguns derivados do leite como queijos e iogurtes, pela mesma razão e no caso dos queijos também pelo componente - sal.

No caso dos cachorros recém nascidos, se o leite materno falhar por qualquer razão, deverá ser administrado leite em pó, próprio para este efeito, que poderá adquirir em qualquer Pet Shop da especialidade ou no seu Médico Veterinário.

Analisando as vantagens e desvantagens em administrar leite aos nossos cachorros e cães, acreditamos que o não deverão fazer a menos que tenham a certeza de que o animal não é intolerante à lactose. Já nos iogurtes, existem hoje produtos sem lactose que podem ser administrados aos nossos cães. No Pastor do Sul não damos qualquer tipo de leite aos nossos Pastores Alemães, não damos qualquer tipo de queijos, nem manteiga. Damos iogurtes sem açúcar( sem lactose), sobretudo aos cachorros na fase do desmame da mãe, na sua transição para a ração seca, ou na retoma da dieta normal depois de algum distúrbio gastrointestinal.